Cansaço

Cansado(a) o tempo todo?

Entenda o que pode estar acontecendo

Sentir-se cansado de vez em quando é algo natural — nosso corpo pode pedir mais descanso após dias intensos. O que chama a atenção é quando a fadiga se torna constante, não melhora com uma boa noite de sono e começa a interferir nas tarefas simples do dia a dia.

Diferente do que muitos pensam, essa exaustão persistente nem sempre aparece em exames de rotina. Isso acontece porque, na maioria das vezes, não é um único fator o responsável, mas sim a soma de pequenas disfunções que, ao longo do tempo, drenam sua energia. Desequilíbrios hormonais, resistência insulínica, inflamação crônica, alterações no sono, estresse elevado, carências nutricionais e até fatores emocionais podem estar por trás desse quadro.

Aqui você encontrará uma explicação clara e completa sobre as principais causas da fadiga, os sinais que merecem atenção e, principalmente, o que pode ser feito para começar a recuperar sua disposição, resgatando qualidade de vida e energia para viver o seu dia com mais leveza.

 

Quando investigar

Se o cansaço persiste por semanas, reduz sua produtividade ou prazer nas atividades, ou aparece mesmo após noites aparentemente normais de sono.

Impacto na saúde

A fadiga reduz concentração, desempenho no trabalho ou treino, disponibilidade emocional e qualidade de vida.

Principais Sinais

Acordar sem disposição; necessidade constante de cafeína e estimulantes; perda de foco; sensação de fraqueza; queda do rendimento físico.

Intervenções possíveis

Higiene do sono, plano nutricional e suplementação se necessário, manejo do estresse, tratamento de causas (ex.: tireoide), modulação intestinal quando indicada e acompanhamento regular.

Principais mecanismos

  • Desequilíbrios hormonais - Tireoide, cortisol e hormônios sexuais são reguladores diretos da energia. Quando estão desajustados, a sensação de cansaço é inevitável.
  • Má absorção e deficiências nutricionais - Sem vitaminas, minerais e nutrientes adequados, o corpo não consegue produzir energia de forma eficiente.
  • Inflamação crônica de baixo grau - Pequenos processos inflamatórios contínuos “roubam” energia e comprometem a disposição.
  • Sono não reparador - Mesmo dormindo horas suficientes, distúrbios como apneia ou sono fragmentado impedem a recuperação adequada do organismo.
  • Estresse prolongado - O estado constante de alerta consome recursos internos e desgasta corpo e mente.
  • Resistência à insulina - Quando as células não respondem bem à insulina, o aproveitamento da glicose como energia fica comprometido.
  • Disfunção mitocondrial - As mitocôndrias são as “usinas” de energia das células; quando não funcionam bem, a fadiga é consequência direta.

Cansaço diário em paciente de 38 anos

Estudo de caso

Paciente do sexo feminino, 38 anos, procurou atendimento relatando cansaço diário, dificuldade de disposição para atividades simples e queda no rendimento no trabalho. Referia estilo de vida sedentário e padrão alimentar caracterizado por consumo frequente de açúcares e ultraprocessados.

Achados da avaliação

  • Exames laboratoriais: deficiência significativa de vitamina D;
  • Histórico clínico: queixa de sonolência diurna, baixa energia, dificuldade de concentração;
  • Estilo de vida: ausência de prática de exercícios físicos regulares;

Conduta terapêutica

  • Ajustes nutricionais: plano alimentar anti-inflamatório, redução gradual do açúcar e inclusão de proteínas, vegetais e gorduras boas;
  • Suplementação de vitamina D, em doses adequadas e acompanhadas por monitoramento laboratorial;
  • Otimização mitocondrial: suporte nutricional com nutrientes-chave para produção de energia celular (coenzima Q10, magnésio, complexo B);
  • Introdução de exercício físico gradual, iniciando com caminhadas e evoluindo para treino de força leve.

Evolução clínica

Após 10 semanas de acompanhamento, a paciente apresentou:

  • Melhora significativa da fadiga;
  • Aumento da disposição para o trabalho e atividades pessoais;
  • Sono mais reparador e melhora da concentração;
  • Redução do consumo de açúcares, relatando menos compulsão alimentar;
  • Adoção de rotina de exercícios, com ganho progressivo de resistência.

Este caso demonstra como a deficiência de vitamina D associada ao sedentarismo e má alimentação pode contribuir para a fadiga. Através de uma abordagem integrativa, envolvendo nutrição, suplementação direcionada e atividade física, foi possível promover melhora rápida e sustentada da energia e qualidade de vida da paciente.

Como é feita a avaliação?

1

Anamnese detalhada (rotina, sono, estresse, histórico).

2

Diário de sono/energia por 7–14 dias.

3

Exames laboratoriais direcionados (ferritina, TSH, cortisol, vitaminas, marcadores inflamatórios,...).

4

Integração dos dados e plano de ação com reavaliação periódica.

Se identificou com o relato acima?

Faça o Checklist:

  • Acorda cansado(a) frequentemente;
  • depende de estimulantes;
  • perda de foco;
  • cansaço que dura semanas

Se você sofre de algum desses problemas, considere fazer uma avaliação médica.

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