Fadiga em paciente de 40 anos
Estudo de caso
Paciente do sexo feminino, 40 anos, procurou atendimento com queixa principal de fadiga intensa. Relatava acordar sem disposição, dificuldade de concentração no trabalho e sensação de exaustão constante.
Durante a consulta, referiu também cólicas menstruais importantes e dor abdominal intensa durante o período menstrual. Na investigação, chamou atenção o histórico de carga de trabalho elevada, associado a altos níveis de estresse.
Achados da avaliação:
- Exames laboratoriais: ferritina = 10 ng/mL (indicando deficiência de ferro);
- Cortisol: alterações significativas, com picos noturnos que prejudicavam o sono;
- Ultrassonografia: presença de miomas uterinos, explicando sangramento aumentado e perda de ferro.
Conduta terapêutica:
- Reposição adequada de ferro;
- Modulação intestinal para melhorar absorção e reduzir inflamação;
- Orientações de higiene do sono e ajustes de rotina;
- Modulação do cortisol e estratégias de gerenciamento de estresse
- Adequação hormonal diante do diagnóstico de miomatose uterina;
- Acompanhamento multidisciplinar e reavaliações periódicas.
Evolução clínica:
Após alguns meses, a paciente retornou com:
- Melhora significativa da fadiga e da disposição diária;
- Sono mais reparador;
- Redução do estresse percebido;
- Diminuição do volume uterino e redução do tamanho dos miomas;
- Menor intensidade das cólicas e sangramento menstrual controlado.
Este caso evidencia como a fadiga persistente pode ser multifatorial. No contexto desta paciente, deficiência de ferro, alterações hormonais, estresse crônico e miomatose uterina atuavam em conjunto.
O tratamento integrado — corrigindo carências, regulando hormônios, modulando estresse e sono — possibilitou não apenas melhora da energia, mas também do quadro ginecológico associado.