Dor abdominal

Dor abdominal que não passa?

Quando procurar ajuda.

A dor abdominal é uma das queixas mais comuns no consultório. Muitas vezes é atribuída apenas a “gases” ou “má digestão”, mas pode refletir alterações metabólicas, digestivas e inflamatórias que merecem investigação.

Na medicina integrativa, o olhar vai além do sintoma: buscamos entender raízes como disbiose intestinal, alteração da acidez gástrica, insuficiência enzimática, sensibilidades alimentares, intolerância à histamina, síndrome do intestino irritável (SII) ou até doenças inflamatórias intestinais (DII).

Dor abdominal

Quando investigar

Procure avaliação se a dor abdominal for:

  • Recorrente ou persistente (dura semanas/meses, mesmo que em intensidade leve ou moderada);
  • Associada à distensão, excesso de gases ou alterações no hábito intestinal (diarreia, constipação ou alternância);
  • Piorada após determinados alimentos (pão, leite, vinho, queijos, embutidos, feijão, etc.);
  • Acompanhada de sintomas extra-intestinais, como enxaqueca, queda de energia, alterações de humor, dores articulares ou pele reativa;
  • Sem explicação em exames convencionais, mas que impacta sono, alimentação e qualidade de vida;
  • Ligada a períodos de estresse, sugerindo influência do eixo intestino-cérebro.

Impacto na saúde

Interfere em alimentação, sono e atividades diárias.

Principais mecanismos

  • Disbiose intestinal: desequilíbrio da microbiota que aumenta gases, inflamação e sensibilidade;
  • Alteração da acidez gástrica: excesso ou falta de ácido pode causar refluxo, má digestão e dor;
  • Insuficiência enzimática: pâncreas e vesícula que não funcionam bem levam à má digestão de gorduras e proteínas;
  • Síndrome do Intestino Irritável (SII): dor recorrente associada a distensão, diarreia ou constipação, muitas vezes ligada a estresse e disbiose;
  • Doença Inflamatória Intestinal (DII): como Crohn e retocolite, que geram dor, sangue e inflamação crônica;
  • Hipersensibilidades alimentares: reações não alérgicas, mas que ativam o sistema imune e causam dor/ distensão;
  • Intolerância à histamina: comum em pacientes com enxaqueca, urticária e queixas digestivas associadas a certos alimentos (vinho, queijos, embutidos).

Intervenções possíveis

  • Plano alimentar individualizado, com possíveis protocolos de exclusão (low-FODMAP, low-histamine, sem glúten ou lácteos em casos específicos);
  • Reequilíbrio da microbiota intestinal (probióticos, prebióticos, fitoterápicos antimicrobianos quando necessário);
  • Suporte enzimático e de acidez gástrica, ajustando a digestão desde o estômago até o intestino;
  • Controle da inflamação com nutrientes (ômega 3, glutamina, curcumina, vitaminas);
  • Estilo de vida: sono, manejo do estresse, atividade física regular.

Cólicas menstruais intensas em jovem paciente feminino

Estudo de caso

Paciente do sexo feminino, 34 anos, buscou avaliação por cólicas menstruais intensas, insônia, ansiedade e rinite persistente.

Também relatava episódios de distensão abdominal e dor de cabeça após ingestão de vinho, queijos, morangos e alimentos industrializados.

Pela história clínica detalhada levantou-se a suspeita de intolerância à histamina, posteriormente confirmada em exame específico de atividade da enzima DAO (diaminoxidase).

O tratamento integrativo incluiu:

  • Ajuste alimentar com redução de alimentos ricos em histamina;
  • Uso da enzima específica em momentos estratégicos, auxiliando na degradação da histamina;
  • Reequilíbrio da microbiota intestinal com probióticos não produtores de histamina;
  • Suporte nutricional visando reduzir inflamação e estabilizar mastócitos;
  • Higiene do sono e práticas de manejo da ansiedade associadas ao suporte nutricional.

Resultado:

Após 8 semanas, a paciente apresentou redução expressiva das cólicas menstruais, melhora do sono, menor intensidade da ansiedade e grande alívio dos sintomas de rinite, com impacto direto em sua qualidade de vida.

Como é feita a avaliação?

1

História clínica detalhada (alimentos, gatilhos, padrões de dor).

2

Exames laboratoriais e funcionais: marcadores inflamatórios, testes de disbiose, permeabilidade intestinal, intolerâncias alimentares.

3

Exames de imagem quando há suspeita de causas estruturais.

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 Dor severa, febre, sangramento → procurar emergência.

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