Fadiga

Fadiga que não passa?

Saiba quando investigar

Fadiga é um cansaço profundo que não reverte com descanso e reduz capacidade de realizar atividades cotidianas.

É diferente da exaustão normal e pode ter causas complexas—desde alterações celulares até problemas hormonais. Entenda como identificar e iniciar uma investigação segura.

 

 

Quando investigar

 Se houver perda progressiva de energia, intolerância a esforço ou limitação funcional por semanas.

Impacto na saúde

Limita o trabalho, atividades físicas, relações e aumenta risco de isolamento.

Principais Sinais

 Intolerância ao esforço, sono não reparador, fraqueza, lapsos de memória e sensação de “peso” no corpo.

Principais mecanismos

  • Disfunção mitocondrial/energia celular: células produzem menos ATP, causando fadiga;
  • Desequilíbrios hormonais: tireoide e cortisol alteram a sensação de energia;
  • Inflamação sistêmica: reduz capacidade de recuperação;
  • Distúrbios do sono: apneia e fragmentação reduzem recuperação.

Intervenções possíveis

Recondicionamento físico gradual, suporte nutricional, tratamento de distúrbios do sono, intervenção sobre causas médicas específicas (Correção de disfunções hormonais, controle de desequilíbrios como resistência à insulina, tireoidopatias, anemias ou condições ginecológicas (ex.: miomatose), sempre com plano individualizado.

Fadiga em paciente de 40 anos

Estudo de caso

Paciente do sexo feminino, 40 anos, procurou atendimento com queixa principal de fadiga intensa. Relatava acordar sem disposição, dificuldade de concentração no trabalho e sensação de exaustão constante.

Durante a consulta, referiu também cólicas menstruais importantes e dor abdominal intensa durante o período menstrual. Na investigação, chamou atenção o histórico de carga de trabalho elevada, associado a altos níveis de estresse.

Achados da avaliação:

  • Exames laboratoriais: ferritina = 10 ng/mL (indicando deficiência de ferro);
  • Cortisol: alterações significativas, com picos noturnos que prejudicavam o sono;
  • Ultrassonografia: presença de miomas uterinos, explicando sangramento aumentado e perda de ferro.

Conduta terapêutica:

  • Reposição adequada de ferro;
  • Modulação intestinal para melhorar absorção e reduzir inflamação;
  • Orientações de higiene do sono e ajustes de rotina;
  • Modulação do cortisol e estratégias de gerenciamento de estresse
  • Adequação hormonal diante do diagnóstico de miomatose uterina;
  • Acompanhamento multidisciplinar e reavaliações periódicas.

Evolução clínica:

Após alguns meses, a paciente retornou com:

  • Melhora significativa da fadiga e da disposição diária;
  • Sono mais reparador;
  • Redução do estresse percebido;
  • Diminuição do volume uterino e redução do tamanho dos miomas;
  • Menor intensidade das cólicas e sangramento menstrual controlado.

Este caso evidencia como a fadiga persistente pode ser multifatorial. No contexto desta paciente, deficiência de ferro, alterações hormonais, estresse crônico e miomatose uterina atuavam em conjunto.

O tratamento integrado — corrigindo carências, regulando hormônios, modulando estresse e sono — possibilitou não apenas melhora da energia, mas também do quadro ginecológico associado.

 

Como é feita a avaliação?

1

História detalhada e escala de fadiga.

2

Exames metabólicos e hormonais direcionados.

3

Avaliação do sono (questionários ou polissonografia, se necessário).

4

Plano de reavaliação.

Se identificou com o relato acima?

Faça o Checklist:

  • Fadiga diária +
  • Piora ao esforço

Considere fazer uma avaliação médica.

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